segunda-feira, 14 de maio de 2012

Ambientalistas debatem Rio+20 na comemoração do Dia da Terra

‘Objetivo é trazer para a rua conversas sobre o futuro que queremos juntos’, diz  coordenador
RIO — Ambientalistas realizaram neste domingo um ensaio para a Cúpula dos  Povos, evento que acontecerá de 15 a 23 de junho, no Aterro do Flamengo,  paralelo à Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento  Sustentável. No encontro, que ocorreu no Museu de Arte Moderna (MAM), foram  promovidas rodas de debates sobre as questões ambientais que serão abordadas  daqui a dois meses e celebrado o Dia da Terra.

Augusto Gutierrez, membro do Grupo de Trabalho do Rio de Janeiro de  mobilização para a Cúpula dos Povos e coordenador do movimento Diálogos Globais,  ressalta a importância dessas rodas prévias de conversas.

— Queremos discutir soluções para o planeta. Nosso objetivo é trazer para rua  conversas sobre o futuro que queremos juntos. A intenção não é preparar um  documento para os chefes de estado que virão para a Rio+20. Acreditamos na  multiplicação das práticas sustentáveis e no papel de cada indivíduo nessa  mudança.

No ensaio, jovens e profissionais de diferentes áreas compartilharam suas  experiências. O coordenador do Núcleo de Meio Ambiente da PUC, João Bernardo  Casali, voluntário em diversos grupos de trabalho da Rio+20, falou sobre seu  trabalho com direito ambiental. Ele vai promover na universidade, em maio, um  evento em que alunos farão uma simulação das negociações diplomáticas que  ocorrerão na conferência:
— Nessas rodas, costumo trazer assuntos que fazem parte da minha rotina de  trabalho, mas não fico limitado às questões do direito. Esses debates são  essenciais e ricos em troca. Como a previsão é de que os chefes de estado não  tenham margem para negociar, acredito que a verdadeira importância da Rio+20  seja aproveitarmos essa oportunidade e visibilidade, já que todo mundo estará  olhando para o Rio, para ampliarmos as discussões sobre o desenvolvimento  sustentável.
Representante da campanha Rio+Veg, a coordenadora da Sociedade Vegetariana  Brasileira, Fernanda Mayrinck defende que as mudanças de hábitos alimentares  estão diretamente ligadas à preservação ambiental:

— A campanha “Segunda-feira sem Carne”, por exemplo, é uma das propostas  ligadas às mudanças de hábitos alimentares. Nós sabemos que 80% do desmatamento  da Amazônia é provocado pela pecuária.
Crianças e adolescentes do Grupo de Bandeirantes da Tijuca, da Federação de  Bandeirantes do Brasil, falaram sobre o futuro que desejam e participaram de um  jogo chamado xitolloio, cujas cartas traziam temas iniciadores de conversas com  foco na sustentabilidade.
A expectativa da organização é de que a Cúpula dos Povos reúna cerca de 30  mil pessoas por dia. No encontro da sociedade civil realizado durante a Rio 92,  cerca de 20 mil pessoas foram ao Aterro, diariamente, participar do Fórum  Global.



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